FC Porto 2-1 Casa Pia: Ninguém desarma (Análise)
Sérgio Conceição, que nunca foi de deitar a toalha ao chão, viu a sua equipa em dificuldades frente ao Casa Pia, arriscou tudo e acabou recompensado com a reviravolta portista nos descontos, que adia as decisões da luta pelo título.
O FC Porto precisava de não perder este domingo para evitar a festa do Benfica no sofá, um cenário que chegou a parecer verosímil face à primeira parte amorfa dos dragões. Habituado à pressão, Sérgio Conceição arriscou tudo e acabou por ser feliz nos descontos, mantendo a sua equipa a quatro pontos da liderança e adiando as decisões da luta pelo título para a próxima jornada.
Sem Marcano e Otávio, o FC Porto instalou-se desde logo no meio-campo do adversário, mas falhava na definição, entre passes errados e uma atitude mais apática. Aproveitou o Casa Pia para criar perigo nas transições ofensivas, fazendo-se valer da velocidade de Godwin e de Soma. Mas foi de bola parada que o conjunto lisboeta chegou à vantagem, com um autogolo de Evanilson, que desviou de cabeça para a própria baliza após livre do lado direito. Nesta altura, o Benfica era campeão nacional.
A segunda parte começou com o FC Porto a exibir os mesmos problemas, pelo que Sérgio Conceição teve de arriscar: Veron entrou para o lugar de Fábio Cardoso, uma das exibições mais desinspiradas, fazendo Uribe recuar para perto de Pepe. Um minuto depois, o brasileiro agradecia aposta com duas assistências para golo, que Taremi aproveitou à segunda para desviar e fazer o 17.º golo no campeonato.
Logo a seguir, Diogo Costa evitou que Felippe Cardoso adiantasse novamente o Casa Pia, que foi recuando para a sua baliza. O FC Porto continuou a sufocar - Galeno, mais do que uma vez, Eustáquio e Uribe foram desperdiçando tentativas - até que os últimos trunfos do banco portista decidiram o jogo: aos 90'+3 Toni Martínez assistiu de cabeça Danny Namaso, que amorteceu com a coxa para o fundo da baliza.
A chama do dragão continua viva, pelo menos, por mais uma semana.
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